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Clube Desportivo Lajense - Entre “desabafos” e “apoios oficiais”…

 

Se fosso fácil não era para nós – pensarão a maioria dos dirigentes de agremiações ditas “sem fins lucrativos”.

Fácil porque haveria verbas “à ganância” e os esforços de “boa gestão” não seriam minimamente necessários…

Não é, nem nunca foi assim.

As instituições que emanam, voluntariamente, do nosso Povo, da mais diversa índole, só podem ter como “lema”: o serviço da comunidade. Todas elas. Sejam Filarmónicas, clubes desportivos ou recreativos, irmandades caritativas ou solidárias, associações culturais, ou meros grupos de convívio sénior

Agora uma questão é primordial: quando a sociedade civil assume compromissos de gerir o que às edilidades – representantes e gestoras do interesse municipal – diz respeito, devem ser apoiadas, não como uma benesse, mas como uma obrigação cívica, se assim o quisermos, construtivamente, entender…

Vejamos o que diz a Lei que estabelece o quadro de transferência de atribuições e competências para as autarquias locais: “Tempos livres e desporto: 1 - É da competência dos órgãos municipais o planeamento, a gestão e a realização de investimentos públicos nos seguintes domínios: (…) b) Instalações e equipamentos para a prática desportiva e recreativa de interesse municipal; 2 - É igualmente da competência dos órgãos municipais: (…) b) Apoiar actividades desportivas e recreativas de interesse municipal;“ (fim de citação)

Ora, aqui entronca a atividade desportiva, mais na formação do que na competição, mas de forma alguma se deve dissociar uma da outra, pois que, num clube que pugna pelo desporto amador, ambas acabam por ser salutarmente complementares: formação e competição.

Há dias, num sábado, ouvi na Radio Montanha um programa desportivo, sob a direção do Prof. José M. Caldeira, que entrevistava, em simultâneo, o Presidente do Clube Desportivo Lajense – Orlando Ávila e o Presidente da Câmara das Lajes – Roberto Silva, sobre diversa temática mas em que o aspeto que julguei fulcral referia-se, naturalmente, aos apoios que a edilidade poderia dispensar ao clube para a sua participação digna no novo campeonato dos Açores, na próxima época 2013/14.

Claro que o atual presidente, Eng. Roberto Silva,  afirmou que só poderia responsabilizar-se ele e o atual elenco camarário, apenas até ao fim do corrente ano, com uma verba que rondará entre 10 a 15 mil euros – o que só lhe ficou bem – uma vez que a responsabilidade na elaboração e aprovação do orçamente municipal para o ano civil, como ele bem frisou, de 2014, será da responsabilidade dos elementos do elenco camarário e assembleia municipal que vierem a ser eleitos em 29 de Setembro próximos.

É pois de louvar a coragem da direção do Lajense em tomarem em ombros a - diria eu - insana tarefa, de voltarem a colocar o C. D. Lajense a competir no futebol a nível açoriano, mesmo quando eles deixam, como sobreaviso uma palavra de muita responsabilidade: não haverá gratificações a atletas além do orçamentado (isto dito por outras palavras), o que denota enorme e elevado sentido de responsabilidade na gestão financeira do clube. Então será que aqui se poderia enquadrar: “… A certa altura, um grupo de pessoas, com pena de o CDL não ir para a frente, dedicou-se de corpo e alma, dando-lhe os meios necessários para que ele pudesse renascer como mais-valia da nossa comunidade.” (fim de citação de Desabafo – in O Dever de 04.07.2013)

É pela positiva que os atuais e abnegados dirigentes do C. D. Lajense devem continuar a pautar a sua ação, mesmo arrostando com algumas contrariedades de percurso.

Cabe no entanto aos próximos autarcas assegurar o que a lei lhes impõe: Apoiar actividades desportivas e recreativas de interesse municipal. Como? Ao menos financeiramente com critérios bem definidos para apoiar a formação dos jovens atletas, sejam do C.D. Lajense, C. D. de São João, G.D. Piedade, C. D. Ribeirense, G. D. da Ribeirinha… enfim a todos os que, sem fins lucrativos, prossigam a nobre diretiva de promover a formação e a prática desportiva das nossas crianças e jovens.

E já é suficiente…

Queremos ouvir a sua opinião, sugestões ou dúvidas:

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